Boa e má consciência segundo Bert Hellinger


A má consciência nos traz culpa. Ela está à serviço da lealdade pelo nosso sistema. Funciona como um programa que diz: "se você fizer diferente, você corre o risco de perder seu lugar".
Ela zela pelo nosso pertencimento então.
Mas, na maioria das vezes, nos coloca a repetir padrões familiares que já passaram da hora de serem renovados.

Assim, conviver algum tempo com uma certa culpa faz bem! Isso nos leva à maturidade e à autonomia, pois estamos tomando decisões por nós mesmos, fazendo diferente daquilo que o padrão sistêmico impresso em nossos campos mórficos nos impulsionaria a fazer.

Se pensarmos os campos mórficos como bancos de dados, ora, estamos então atualizando informações lá! Aliás, fazemos isso o tempo todo, pena que, na maioria das vezes, inconscientemente. Também fazemos bobagens, claro. Nossas escolhas ruins também viram registros no banco de dados.

Parece contraditório, mas suportar a culpa da má consciência é o que muda padrão, gera liberdade e leva o sistema todo a romper com informações geradas no passado, a crescer e evoluir. Mas para que isso funcione o caminho correto é o do amor: concordar com este padrão, entender que ele foi importante para muitas pessoas e para manter o sistema familiar. Respeitar profundamente tudo do jeito que foi, e então ter a força para suportar a culpa e fazer diferente
.
O outro caminho é o do rebelar-se. Algumas pessoas dizem que nunca querem ser como seus pais ou nunca vão fazer coisas que são feitas em seu sistema familiar, pois tudo está errado. A força aqui vem da raiva, do julgamento, da arrogância. Este tende a romper, a desgarrar-se e mais tarde irá sofrer os efeitos disso em sua vida. Talvez seus negócios não sejam prósperos, talvez seus relacionamentos sejam problemáticos.

Enfim, como sempre falamos, o caminho da transformação é o caminho do amor, da reconciliação e da paz consigo mesmo e com tudo do jeito que foi e que é em nosso sistema familiar.


Claudia Vassão

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